No ano do Rio Capital Mundial do Livro, Escolas Firjan SESI aumentam em quase 30% a frequência nas bibliotecas
Entre as ações para promover a leitura está o Prêmio Rio de Letras, que conta com a chancela da ABL, e iniciativas dos próprios alunos como a criação de clubes de leitura
Em sinergia com o Rio Capital Mundial do Livro, as Escolas Firjan SESI registraram um aumento de 29% na frequência das bibliotecas no primeiro semestre deste ano. A forte presença dos mais de 13 mil alunos foi impulsionada por uma série de iniciativas como oficinas de escrita, clubes de leitura e o Prêmio Rio de Letras, lançado pela Firjan SESI em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e a curadoria da Academia Brasileira de Letras.
As bibliotecas das 17 unidades Firjan SESI registraram 187.294 presenças no primeiro semestre do ano passado, contra 242.376 no mesmo período deste ano. O número corresponde a participações diversas que vão desde ações como clubes do livro, encontro com autores, batalha de rimas e saraus até, claro, empréstimos de livros, além da própria proibição de uso de celular nas escolas, que contribuiu para que os jovens socializassem mais nesses espaços. Integradas ao processo educativo, as bibliotecas das escolas Firjan SESI têm uma média de frequência de 3 mil alunos por mês.
Visando estimular ainda mais a leitura dos jovens, as escolas Firjan SESI investiram no acervo literário deste ano um total de R$ 73.622,36. As aquisições são definidas com a participação direta dos alunos, a fim de torná-los parte do processo e pertencentes ao espaço. Tendo por premissa o desenvolvimento do acervo da bibliodiversidade, os títulos literários abrangem da Pré-Escola ao Ensino Médio, com autores consagrados e contemporâneos, de Ferreira Goulart, Ailton Krenak e José Saramago a Conceição Evaristo, Itamar Vieira Jr e Raphael Montes.
“Buscamos fazer com que as bibliotecas sejam um espaço de socialização e integração, indo além do empréstimo de livros: é um equipamento cultural potente, capaz de contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos. Esta iniciativa, ao lado da Firjan SESI Matemática, Educação Maker, Robótica e outras, contribuíram para termos mais de 500 alunos aprovados em universidades públicas neste ano, sendo 60 deles nos três primeiros lugares”, destacou o gerente de Educação Básica da Firjan SESI, Vinícius Mano.
Prêmio Rio de Letras
Uma das iniciativas da Firjan SESI visando a promoção da leitura e da escrita é o Prêmio Rio de Letras: na edição deste ano, inscreveram-se 264 alunos das redes estadual de ensino e Firjan SESI. O prêmio estimula a produção de Crônicas, Contos e Poesias, selecionadas pelos imortais da ABL e reunidas num livro. O que contribuiu para a evolução dos estudantes: uma das premiadas no ano passado,Rillary Souza, então aluna do 3º ano do Ensino Médio da Firjan SESI Três Rios, recebeu nota 940 na redação do Enem e passou para a Universidade Federal de Juiz de Fora.
Oficina de leitura
Outra iniciativa é a oficina de escrita, empreendida na Escola Firjan SESI Nova Iguaçu. O projeto reuniu no ano passado cerca de 60 estudantes. Os jovens fazem leituras e assistem a vídeos sobre o tema da premiação, praticam a escrita, trocam percepções e experiências sobre o processo criativo e dúvidas gramáticas.
Clube do livro
Já na Escola Firjan SESI Maracanã funciona desde 2022 o Clube do Livro “Entre Capas”, iniciativa de um grupo de sete alunos frequentadores assíduos das estantes. Em encontros mensais no horário do almoço, uma média de 30 jovens se reúnem em torno de livros com temáticas como diversidade, racismo e intolerância religiosa. Eles debatem a história em si e, em seguida, o assunto discutido, que já recebeu convidados que vão desde subsecretários da Prefeitura do Rio até influenciadores especializados em literatura.
Um dos fundadores foi Ana Clara Silva, que se formou na Escola Firjan SESI Maracanã em 2022 e hoje cursa Ciências Sociais na UFRJ. Mas deixou seu legado na escola. “A biblioteca era um refúgio da rotina de estudos e víamos a busca por livros aumentando cada vez mais, de modo que a ideia de um clube de leitura se tornava viável e inovadora. Um dos maiores benefícios foi a melhoria no desempenho nos estudos e a preparação para criar, auxiliar e apresentar projetos. Um dos alunos fundadores não tinha o hábito de ler, e isso foi um choque para todos nós! Acolhemos esse aluno e em menos de três meses ele já havia lido três livros”, conta Ana Clara.

