Profissionais da educação participam de oficina de compostagem em Mesquita

Atividade faz parte de projeto pedagógico que estimula o cultivo e o consumo de alimentos orgânicos no espaço escolar

A Educação de Mesquita aposta cada vez mais em atividades pedagógicas práticas para alunos e professores. Seguindo essa proposta, profissionais da Escola Municipal de Educação Infantil Ariano Suassuna, na Coreia, participaram de uma oficina de compostagem na manhã de 25 de novembro. Essa foi a etapa final do projeto “Da Horta para o Prato” em 2025. A iniciativa valoriza a alimentação saudável, o contato com a natureza e a observação de fenômenos naturais envolvidos no cultivo de verduras orgânicas na formação dos pequenos. Para isso, a unidade mantém uma horta em seu jardim, desde setembro, onde hortaliças como alface, cebolinha e coentro são cultivados e utilizados no preparo das refeições das crianças.

A responsável por coordenar a aula foi Tayana Galvão, integrante da Praça da Ciência Itinerante, projeto da Fundação CECIERJ que mostra aos estudantes e profissionais de educação do Rio de Janeiro que o aprendizado de Ciências pode acontecer de maneira mais lúdica e divertida. Na ocasião, a bióloga conheceu a escola e a sua plantação de perto. “Iniciativas como essa são fundamentais para a formação da criança. Desde pequenas, elas já entram em contato com a produção de alimentos, conhecendo a sua origem e seu processo de cultivo. Assim, são incentivadas a experimentar novos alimentos, a comer melhor, a ter contato com a terra, a desenvolver a curiosidade, o aprendizado e também a manter uma relação de cuidado com a natureza”, explica.

Durante a oficina intitulada ”Compostagem: transformando lixo em vida”, todos os profissionais aprenderam técnicas de aproveitamento de matéria orgânica para adubação. A compostagem acontece a partir do processo que envolve a decomposição de resíduos como resto de frutas, que, após decompostos, tornam-se fertilizantes naturais. Na oficina foram utilizadas cascas de banana.

Esse procedimento é realizado dentro das composteiras, recipientes onde os resíduos são depositados para sofrerem a decomposição com a ajuda de microrganismos vivos – nesse caso, minhocas. Sendo assim, os participantes confeccionaram suas composteiras em embalagens de sorvete, favorecendo a reciclagem em todos os aspectos.

“Foi muito legal aprender várias coisas novas, principalmente sobre como reutilizar lixo orgânico. Muitas vezes, a gente descarta o lixo que a gente produz sem saber que ele pode ser útil para o meio ambiente, servindo para adubar nossas plantas e a horta aqui da creche”, conta Flávia Rodrigues, professora das turmas de Infantil II. A previsão é de que o adubo produzido na atividade seja utilizado na plantação daqui a aproximadamente três meses, após a plena decomposição da matéria orgânica.

No final de outubro, aconteceu a primeira colheita das hortaliças cultivadas na escola, em uma atividade que contou com o envolvimento das crianças. Logo após, as verduras foram higienizadas e servidas no almoço dos estudantes. A Escola Municipal Ariano Suassuna é a primeira da rede pública de educação mesquitense a receber esse projeto. Existe, agora, a perspectiva de expansão da iniciativa para outras unidades da rede.