Brasileiros passam a ganhar mais e país tem menor pobreza e desigualdade em 30 anos
Em 2024, o Brasil registrou os melhores níveis de renda, redução da desigualdade e diminuição da pobreza em 30 anos. As informações foram publicadas nesta terça-feira (25/11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou a importância dos programas sociais para alcançar as conquistas.
“A pobreza e a desigualdade caíram ao menor patamar em 30 anos. Significa que, além de tirar o Brasil do Mapa da Fome, também estamos superando a desigualdade com a redução da miséria e também da pobreza”, celebrou Wellington Dias.
A renda domiciliar per capita cresceu cerca de 70%, a desigualdade (medida pelo índice de Gini) caiu quase 18% e a extrema pobreza despencou de 25% para menos de 5% da população. Os resultados se referem à série histórica de pesquisas domiciliares, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1995.
Os maiores progressos ocorreram entre 2003 e 2014, voltando a ganhar força entre 2021 e 2024. No ano passado, o país atingiu os melhores resultados, com maior renda média, menor desigualdade e pobreza. “A renda de todos os brasileiros segue crescendo, mas a renda dos mais pobres cresce ainda mais”, apontou o ministro.
Boa parte das pessoas que são atendidas no Bolsa Família saem da miséria e chegam na classe média. O Bolsa Família não é só transferência de renda, é o cuidado com a saúde do ser humano, a garantia da escolarização, é poder não só concluir o ensino médio, mas ter um curso técnico, ter uma profissão, poder chegar na universidade”, completou Wellington Dias.
Os autores e pesquisadores do estudo, Pedro Herculano Souza e Marcos Dantas Hecksher avaliam que as políticas de transferência de renda, incluindo o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), foram essenciais na redução das desigualdades.
O estudo mostra que Bolsa Família e políticas associadas tiveram contribuição grande na redução da desigualdade e da pobreza e, sobretudo na extrema pobreza, onde os efeitos são maiores. Outro fator que mais contribui para o resultado é o trabalho, que é a principal fonte de renda”, disse Marcos Hecksher.
“Outras iniciativas, como o Acredita no Primeiro Passo, favorecem a inclusão produtiva dos beneficiários do Bolsa Família, então também reforça o combate à pobreza pelo canal da transferência de recursos e pela promoção de renda do trabalho”, acrescentou o pesquisador.

