Treinador vê oscilação do jovem de 18 anos com naturalidade
O
clássico entre Flamengo e Fluminense, disputado na noite da última quarta-feira no Maracanã, pela 34ª rodada do Brasileirão, teve João Victor como um dos personagens centrais. O defensor formado na base rubro-negra falhou na saída de bola que originou o segundo gol tricolor, passou a ser alvo de críticas da torcida e acabou substituído no intervalo por Danilo.
Após a derrota por 2 a 1, o técnico Filipe Luís foi questionado sobre o motivo de o jovem não ter recebido mais oportunidades ao longo da temporada. O treinador reconheceu o momento difícil vivido pelo zagueiro, mas afirmou confiar no potencial do atleta.
“Dei os minutos quando eu pude dar os minutos. Nós viemos jogando a nossa vida, praticamente no meu posto de trabalho todos os jogos aqui lutando pela liderança desde a primeira rodada do Brasileiro e não tem tempo para revisar, não tem tempo para dar minutos, eu consegui dar minutos para os meninos um pouco mais na Copa, com o Botafogo-PB, depois com o Atlético-MG também alguns jogaram, mas a diferença entre os jogadores que estão é muito grande… Os Léos (Ortiz e Pereira), o Danilo, o nível deles é muito alto, muito alto”, destacou Filipe.
“Quando a torcida pede aos meninos da base, eu também quero colocar… Eu vejo a diferença de nível que existe. O Danilo já tem 33, 34 (anos). Os meninos que estão começando que vão errar, é normal. Mas chegamos nesse momento da temporada onde precisamos deles e eu não tenho medo de colocar. Agora, claro, infelizmente não fez um bom jogo, eu tenho confiança, já vi ele performar, sei o nível que ele pode dar, mas realmente era um jogo muito, muito difícil. Pensei em várias outras opções, mas não existiam, sinceramente, com os jogadores que estão agora disponíveis para esse jogo. Era, na minha opinião, a melhor opção. Infelizmente, ele teve um jogo abaixo e assumi ele, eu e todos. Tivemos um primeiro tempo muito abaixo, onde custou depois recuperar, entrar no jogo”, completou.
Antes do clássico, João Victor havia disputado sete partidas pelo profissional, sem completar 90 minutos em nenhuma delas.
Apesar do revés, o treinador afirmou que a equipe mostrou entrega e disposição durante os 90 minutos. Para ele, faltou precisão técnica, especialmente diante de um adversário que buscou explorar os erros do Flamengo.
“Posso te dizer que ânimo e atitude não foi. Isso tenho certeza absoluta. Os jogadores estavam correndo, executando tudo que pedi na fase defensiva. Voltando para marcar… Existiram situações de contra-ataque que voltaram os dez para marcar, os jogadores querem. Mas quando você constrói e o adversário está se defendendo, destruindo, contra-atacando, dá a impressão que o adversário quer muito mais. Que estivemos tecnicamente abaixo não tenho nenhuma dúvida. Para jogar bola, tem que estar tudo fino. Não estivemos, o adversário quis jogar no nosso erro e enfim… na elite, o que se exige é o mais alto nível, que não estivemos no primeiro tempo”, finalizou.
A rodada, porém, trouxe um pequeno alívio: o Palmeiras empatou com o Vitória, no Allianz Parque, fazendo com que a vantagem do rubro-negro na liderança diminuísse apenas um ponto. O Flamengo volta a campo no sábado, às 21h30, novamente no Maracanã, para enfrentar o Bragantino.