A Coordenação de Saúde do Idoso foi selecionada para apresentação oral do estudo científico “Diagnóstico situacional da vulnerabilidade de idosos assistidos por Instituições de Longa Permanência para Idosos em Campos”
A Secretaria Municipal de Saúde, através da Coordenação de Saúde do Idoso, vinculada à Subsecretaria de Atenção Primária, foi selecionada para apresentação oral do estudo científico, intitulado “Diagnóstico situacional da vulnerabilidade de idosos assistidos por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em Campos dos Goytacazes”, durante o XVII Encontro Estadual de Saúde da Pessoa Idosa: A integralidade do cuidado. O evento, uma parceria do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) com a Superintendência Estadual da Saúde do Idoso, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), aconteceu nessa quinta-feira (13), na sede do MPRJ.
O encontro contou com palestras e com a II Apresentação das Experiências Exitosas, refletindo o compromisso e a dedicação dos municípios com o cuidado à pessoa idosa. Representando a cidade de Campos, a coordenadora de Saúde do Idoso, a médica Gilliana Riscado, destacou que o estudo é uma parceria da Prefeitura com a Faculdade de Medicina de Campos (FMC), que uniram esforços entre setembro de 2024 e agosto de 2025 para avaliar o perfil de vulnerabilidade físico-funcional de aproximadamente 76 idosos residentes em Instituições de Longa Permanência (ILPIs) filantrópicas no município.
“Essa avaliação, realizada por meio da estratificação de risco com instrumentos validados, é crucial para diagnosticar a situação atual, planejar intervenções clínicas específicas e garantir o encaminhamento correto para a atenção básica, visando, assim, um envelhecimento mais saudável e ativo para essa população. Eu apresentei o trabalho à SES e fomos selecionados para a apresentação oral, entre os 3 melhores trabalhos de todo o Estado. Foi muito elogiado e estamos muito felizes, pois este estudo vai gerar outros frutos”, informou a coordenadora.
A médica observa que essa análise estatística confirmou que a incapacidade para o autocuidado (como tomar banho sozinho, por exemplo), a ocorrência de quedas recorrentes e o uso de cinco ou mais medicamentos (polifarmácia) apresentaram associações estatisticamente significantes com a alta vulnerabilidade. Além disso, aproximadamente 50% dos avaliados manifestaram tristeza ou desânimo, o que, somado à alta prevalência de comorbidades e incontinência, compromete a qualidade de vida. “Estes dados reforçam a demanda por intervenções multiprofissionais coordenadas, apoiando a necessidade de ações de equidade na atenção primária, como acesso prioritário a nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e psicólogos”, finalizou
Os autores do estudo, além de Gilliana, são Carlos Eduardo La Cava Pinto da Silva, Sara Ferreira de Souza Curcio, Lívia de Andrade Rocha, Deborah de Andrade Casarsa e Maycon Bruno de Almeida.
