13 de novembro de 2025
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Lula reúne ministros que foram governadores para tratar de segurança pública e pede apoio na aprovação de projetos

Presidente buscou avaliações de ministros sobre medidas para enfrentamento ao crime. Reunião ocorreu em meio à mobilização de parlamentares em torno do projeto de lei antifacção.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, com ministros que foram governadores para tratar de segurança pública.

A reunião foi convocada nesta quarta-feira (12), dia de grande movimentação no Executivo e no Congresso Nacional em torno do projeto de lei antifacção, que estava na pauta da Câmara mas teve a análise adiada.

Segundo a TV Globo apurou, dos nove ministros presentes à reunião com Lula, seis foram governadores e lidaram diretamente com segurança pública quando administraram seus estados.

São eles:

  • Rui Costa (Casa Civil), ex-governador da Bahia
  • Waldez Góes (Integração), ex-governador do Amapá
  • Renan Filho (Transportes), ex-governador de Alagoas
  • Camilo Santana (Educação), ex-governador do Ceará
  • Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio), ex-governador de São Paulo
  • Wellington Dias (Desenvolvimento Social), ex-governador do Piauí

De acordo com um dos participantes, o objetivo da conversa foi fazer uma avaliação geral sobre o tema. Lula queria ouvir as opiniões dos atuais ministros sobre o tema.

“É preciso saber o que fazer para resolver o problema da insegurança e montar um discurso. O assunto tem gerado muito engajamento”, disse um ministro antes da reunião..

 

Lula pede apoio

 

Após a reunião, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, confirmou o objetivo do encontro.

Segundo Gleisi, o presidente Lula pediu um empenho dos ministros que foram governadores para sensibilizar o Congresso e aprovar os projetos de interesse do governo — incluindo a PEC da Segurança Pública.

“Foi uma reunião muito interessante e produtiva porque os nossos ministros e ex-governadores reiteraram a importância da aprovação desses marcos legais, principalmente a PEC da Segurança, que desde abril está no Congresso, na Câmara dos Deputados, para fazer exatamente a integração das forças de segurança federal com as estaduais e municipais”, afirmou.

 

“O presidente queria ouvir sobre isso e pedir o empenho dos governadores também para sensibilizar o Congresso, a gente aprovar isso para nos dar mais instrumentos para fazer esse enfrentamento conjunto com os estados”,, prosseguiu.

“Então, foi uma reunião que o presidente quis ter informações de todas essas áreas, estar com essas informações e pedir a esse conjunto de ministros que atuem no sentido de que a gente possa avançar na aprovação desses temas no Congresso da melhor forma possível”.

Gleisi disse ainda que os ministros que já foram governadores reafirmaram a importância dos dois projetos que tramitam no Congresso e que, apesar de muitos governadores serem contra a proposta que integra forças de segurança pública do país, os ex-governadores se posicionaram a favor da medida.

“Eu sei que tem alguns governadores que criticam, mas eles defendem porque isso dá condições de integrar o trabalho das forças de segurança, desde o planejamento da ação. Hoje muitas ações acontecem já integradas, mas não estão previstas constitucionalmente. Então fica muito da vontade. Eu acho que a gente tem que constitucionalizar. Então todos foram nesse sentido”, afirmou a ministra.

Durante a coletiva a ministra reforçou que o parecer do relator do projeto antifacção ainda possui pontos que preocupam o governo.

O deputado apresentou na noite desta quarta (12) uma nova versão do texto. A proposta, no entanto, ainda não engloba todos os pontos que o governo considera importantes.

Entre os pontos defendidos pelo governo estão a criação do tipo penal ‘facção criminosa’, o reestabelecimento de todos os fundos da Polícia Federal e o perdimento extraordinário.

Reunião entre Motta e governadores

 

Nesta quarta, governadores da direita se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Eles pediram e conseguiram o adiamento da votação do projeto contra facções.

Desde a crise de segurança no Rio de Janeiro, no fim de outubro, o grupo tem atuado de forma unificada nas articulações de medidas de combate ao crime organizado.

 

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