Praça que recebeu corpos em megaoperação vira polo cultural e gastronômico do Rio
Expectativa é de que o espaço receba investimentos em infraestrutura e eventos que valorizem o entorno
O reconhecimento da Praça São Lucas formaliza uma vocação que já existe. A região, além de oferecer diversas opções gastronômicas, é palco de atividades culturais e abriga, todos os sábados, uma feira livre que movimenta o bairro com a venda de artesanatos, comidas típicas e outros produtos locais. Com o novo título, a expectativa é que o espaço receba investimentos em infraestrutura e eventos que valorizem o território.
A novidade empolgou os comerciantes. Morador da região e um dos articuladores do projeto, Marcos Marchesano destacou a importância do reconhecimento. “Aquele local é onde a gente encontra a melhor culinária da Penha. Ser reconhecido como polo é importante porque começamos a ter mais visibilidade. Tudo o que pudermos fazer para trazer mais dignidade e conforto para as pessoas é válido. Nosso objetivo é promover grandes eventos gastronômicos e levar a verdadeira imagem da nossa comunidade para o mundo”, afirmou.
No dia 29 de outubro, um dia após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha que deixou 121 mortos – 117 suspeitos e quatro policiais – , a Praça São Lucas foi o local onde moradores enfileiraram 63 corpos de suspeitos mortos durante a ação policial. A cena, registrada em fotos e vídeos, repercutiu na imprensa nacional e internacional, tornando-se símbolo da violência no estado.

