Os desafios da parentalidade são abordados em evento para famílias na Clínica do Autista de Macaé

“Os desafios da parentalidade – pais e mães (não) nascem prontos” foi o tema da atividade Círculos de Diálogo que aconteceu na última quinta-feira (30), na Clínica do Autista. Esse foi o segundo encontro neste estilo feito no local com os pais das crianças atendidas no espaço. A expectativa é de que mais um evento desse mesmo porte seja promovido para encerrar o ano.

Os círculos propiciam interações pautadas em escuta profunda e norteadas pela ética do cuidado que reverberam para além do espaço de diálogo compartilhado com o grupo. Sua prática é mundialmente reconhecida pelos benefícios que promove, como trocas de ideias, desenvolvimento de habilidades e escuta qualificada em um espaço inclusivo.

A advogada e mediadora judicial do Fórum de Macaé, Luciana de Oliveira, é a responsável pela atividade. “A gente tenta aproximar o fórum das famílias, da sociedade, trazendo hoje um assunto relacionado aos desafios da parentalidade, que os pais e mães não nascem prontos”, explica.

Para Lúcia Anglada, coordenadora da Clínica do Autista, esse trabalho é uma forma de colaborar com as famílias atípicas, indo muito além de resolver problemas, resolver processos.

“Aqui, na clínica, tratamos o paciente TEA e cuidamos da sua família atípica. Então, o círculo é uma forma de humanizar, de chegar mais perto das famílias. A doutora Luciana, que é a responsável, que está à frente desse projeto, já é uma profissional, já é uma advogada que trabalha com pessoas com deficiência e conhece o nosso trabalho. Ela entendeu, através do Fórum, a importância de cuidarmos das famílias atípicas muito além do paciente autista. Nossas famílias precisam desse cuidado. E eu acho de extrema importância essa humanização do trabalho, do fórum, que seria um lugar para resolver problemas e, na verdade, está colaborando com uma sociedade mais humanizada, mais empática”, acredita Lúcia.