31 de outubro de 2025
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PMs mortos em megaoperação são velados na sede do Bope

Os policiais militares Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, e Cleiton Serafim Gonçalves, 42, mortos na megaoperação nos complexos da Penha e Alemão, na Zona Norte, foram velados nesta quinta-feira (30) na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais, na Zona Sul. O sepultamento de ambos ocorreu à tarde.
Ainda no velório, um helicóptero da corporação jogou pétalas de rosas vermelhas em homenagem às vítimas. O vídeo foi publicado pelo comandante-geral da PM, coronel Menezes. “As verdadeiras e únicas vítimas desta operação. Não recuaremos”, disse.
Em seguida, o cortejo do sargento Heber seguiu até o Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap e contou com a participação de familiares, amigos, colegas de farda e militares do Corpo de Bombeiros. O sepultamento, inicialmente agendado para as 11h, ocorreu apenas por volta das 14h. O PM deixa mulher, dois filhos e um enteado.

Nas redes sociais, a viúva do agente fez uma declaração horas antes do velório. “Prometo honrar sua memória vivendo da forma que você sempre me incentivou: com coragem, bondade e gratidão”, disse.

A filha do casal, de apenas 12 anos, também lamentou o caso. “Só queria ele com a gente, a vida muda depois que as pessoas especiais vão embora. Ele foi incrível a vida inteira! Hoje levo ele no coração e na alma, pois o mundo tirou ele de mim, e a alma nunca morre. Amarei ele eternamente”, afirmou.

O sepultamento de Cleiton Serafim Gonçalves estava previsto para as 16h30 no Cemitério Municipal de Mendes, no Centro-Sul Fluminense. Ele ingressou na PM em 2008 e deixou uma mulher e uma filha. O agente foi atingido na região do abdômen.

Algumas horas após a confirmação da morte do sargento, o Bope o homenageou nas redes sociais, ressaltando que Serafim “dedicou sua vida ao serviço público, honrando a farda com coragem, lealdade e compromisso inabalável com a segurança da sociedade” e que “seu sacrifício representa a mais nobre expressão do dever policial: proteger e servir, mesmo diante do maior dos riscos”.
Operação mais letal da história

A megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha já registrou 121 mortos. A informação foi divulgada em coletiva na Cidade da Polícia, nesta quarta-feira (28). A ação já havia se tornado a mais letal do estado e, com os dados, virou a maior da história do Brasil. Segundo o balanço das forças de segurança, 58 pessoas morreram nesta terça-feira (28), dia da operação. Entre elas estavam 54 suspeitos e quatro policiais.
Na quarta (29), 63 corpos já foram encontrados em uma área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde aconteceram os principais confrontos entre as forças de segurança e traficantes. Moradores levaram todos os cadáveres até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha.
O número de óbitos oficiais ainda pode crescer, pois as buscas continuam na região.

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