3 de outubro de 2025
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Saiba como será a rede de transporte aquaviário que irá operar nas lagoas da Barra e de Jacarepaguá

Sistema contará com cinco terminais, seis estações e oito linhas, de acordo com a prefeitura; passagem vai custar R$ 4,70

A prefeitura apresentou oficialmente, nesta quinta-feira (2), detalhes do projeto que vai implantar uma rede de transporte aquaviário nas lagoas da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, na Zona Sudoeste.
O sistema de barcos no complexo lagunar contará com cinco terminais, seis estações, oito linhas e será integrado ao transporte municipal, adotando a mesma tarifa já cobrada em outros modais: atualmente em R$ 4,70. A expectativa é que o novo transporte seja usado por 85 mil pessoas por dia, facilitando o deslocamento e a integração com metrô, BRT, ônibus e vans, além de melhorar o tráfego nas principais vias da região, como as avenidas das Américas e Ayrton Senna.

Através de Parceria Pública-Privada (PPP), realizada pela Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o Consórcio Lagunar Marítimo venceu a licitação do projeto de concessão. O contrato, assinado no último dia 17 e com validade de 25 anos, prevê a implantação, operação e manutenção do novo sistema, com investimento mínimo do consórcio de R$ 101,6 milhões, que pode ser ampliado.

“Esse transporte promete transformar muito a realidade dessa região. O trabalhador de Rio das Pedras, Gardênia, Muzema, das comunidades da região que trabalha nos condomínios, shoppings terá um transporte mais rápido e confortável”, disse o prefeito Eduardo Paes, que fez uma viagem de barco na região para marcar o lançamento.

Com o contrato assinado, o consórcio tem até 30 dias para apresentar o cronograma de trabalho e até 36 meses para construir cinco terminais obrigatórios: Gardênia Azul, Jardim Oceânico/Metro, Linha Amarela, Muzema e Rio das Pedras e seis estações / píeres: Arroio Pavuna, Barra Shopping, Bosque Marapendi, Parque Olímpico, Salvador Allende e Vila Militar.

Ao todo serão oito linhas obrigatórias: expressa Rio das Pedras x Linha Amarela; expressa Rio das Pedras x Jardim Oceânico; expressa Rio das Pedras x Barra Shopping; expressa Muzema/Jardim Oceânico; Linha Amarela x Muzema x Metrô; expressa Bosque Marapendi x Jardim Oceânico; Circular Lagoa de Jacarepaguá; e expressa Gardênia x Jardim Oceânico.

A expectativa é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2027, passando as etapas de apresentação do plano de implementação, dos projetos básico e executivo, além da obtenção de licenças.

A frota das embarcações deverão seguir especificações definidas pela prefeitura. Os barcos podem ter capacidade para 42 a 120 passageiros, com identificação visual externa da linha, atender as especificações de manutenção da Autoridade Marítima, sistema de alarme, combate a incêndio e navegação por instrumentos.

A cabine de passageiros deverá ser protegida de chuva e vento, além de ter assentos novos e estofados. As saídas de emergências precisarão estar sinalizadas, assim como os barcos deverão ter iluminação para navegação noturna e acessibilidade. No início da operação, as embarcações deverão ter no máximo cinco anos de fabricação. O consórcio deverá ter uma frota reserva equivalente a 10% da frota operante.

A Iguá, concessionária de água e esgoto da região de influência do programa, tem a obrigação contratual de investir R$ 250 milhões em desassoreamento e despoluição do complexo lagunar até agosto de 2026, de acordo com a prefeitura. O projeto de dragagem já foi licenciado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e aprovado em agosto de 2023.

O projeto consolidado respeita os critérios aprovados pela Câmara do Rio, em 2014, que estabeleceu as regras para a implantação do transporte de passageiros no complexo lagunar.

“Esse foi um sonho nosso desde o início, quando apresentamos uma lei acompanhada de um grande abaixo-assinado para a implantação do transporte aquaviário. Trata-se de um modal estratégico, que envolve vários fatores: o ambiental, a integração com metrô e BRT e a valorização do turismo, especialmente em eventos como o Rock in Rio. O passageiro poderá sair do metrô, pegar um barco e chegar direto ao Parque Olímpico”, celebrou o presidente da Câmara do Rio, vereador Carlo Caiado, que também esteve no lançamento.

Atividade de barcos que já atuam na região

O edital também prevê a continuidade dos barcos que não irão atuar nas rotas do transporte público municipal mas que funcionarão paralelamente à atividade. Eles não concorrerão com o aquaviário municipal em relação ao valor da passagem

Atualmente, os barcos locais não possuem pontos fixos e atendem moradores das ilhas da Gigóia, Primeira e demais existentes no entorno.

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