Instituição foi a única federal brasileira a figurar entre as dez mais conceituadas
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) alcançou o posto de quinta melhor instituição de ensino superior da América Latina, de acordo com o ranking da Quacquarelli Symonds (QS), consultoria britânica especializada em educação. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (1°), também destacou outras três universidades brasileiras entre as dez primeiras colocadas da região.
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, comemorou o resultado e ressaltou que a instituição foi a melhor colocada entre as universidades federais do Brasil.
“Estamos muito felizes com o resultado porque enfrentamos muitas dificuldades orçamentárias e muitos problemas infraestruturais. Mas, ainda assim, graças ao empenho, dedicação e competência do nosso corpo de estudantes, servidores e docentes, mantivemos a nota e a mesma posição do ano passado. Isso demonstra que, com mais recursos, certamente subiremos nesse ranking”, afirmou.
Além da UFRJ, a Universidade de São Paulo (USP) ficou em 2° lugar, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 3°, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 6°. A USP perdeu o posto de melhor instituição da região, enquanto Unicamp e UFRJ mantiveram suas posições em relação ao ano passado. A Unesp subiu duas colocações.
A Pontifícia Universidade Católica do Chile, em Santiago, lidera o levantamento, que contempla 437 instituições de ensino superior na América Latina e no Caribe. A QS considera como critério a empregabilidade dos alunos, o número de professores por estudante e a reputação acadêmica, entre outros indicadores.
O pró-reitor de Desenvolvimento Universitário da Unicamp, Fernando Sarti, também comemorou o desempenho da instituição. “Já esperávamos ficar entre as cinco melhores. Obviamente que gostaríamos de estar em primeiro. Mas terceiro é bastante honroso”. Ele destaca que o ranking é importante para que a instituição tome decisões e pense em estratégias para se desenvolver.
A Unesp ressaltou a trajetória de crescimento nos últimos anos: “Desde 2022, a universidade vem subindo posições impulsionada pela boa reputação do seu corpo docente, pelo forte engajamento dos seus discentes e pela influência de seus egressos no mercado de trabalho”, afirmou em nota.
O Brasil se destacou no ranking com 26 universidades nacionais entre as 100 melhores da região, seguido por Chile (16) e México (14). Segundo o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter, o desempenho “excepcional” do país está associado à produtividade e ao impacto de suas pesquisas acadêmicas.
“Nos últimos anos, o sistema de ensino superior do país fez avanços importantes em inclusão, acesso e reforma de políticas, enquanto enfrentava desafios persistentes em taxas de conclusão e qualidade”, avaliou.
Apesar do bom desempenho nos indicadores de pesquisa, o Brasil ainda enfrenta dificuldades no critério reputação entre empregadores – apenas a USP figura entre as dez melhores da região nesse quesito. Entre as 26 universidades brasileiras no top 100, seis subiram de posição, 13 caíram e sete mantiveram a mesma colocação.