Morre no Rio o jornalista Marceu Vieira
Redator estava internado há cerca de um mês para tratar de um câncer no pulmão, mas não resistiu
Morreu nesta segunda-feira (29), no Rio, o jornalista e compositor Marceu Vieira, de 63 anos. O redator tratava um câncer no pulmão desde o ano passado e estava internado há cerca de um mês, mas no último mês foi internado em um hospital da Rede D’Or, onde não resistiu.
Nascido em Nova Iguaçu, na Baixada, formou-se em jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF), e passou por diversos veículos ao longo da sua carreira. Começou na redação da Tribuna da Imprensa e passou pelo Extra, Jornal do Brasil, O Dia, revista Época e pelo Grupo Globo, onde era redator do programa “Conversa com Bial”.
“Não conheci ninguém que vivesse como Marceu Vieira, uma vida em estado de poesia. Virou poema”, escreveu Bial em suas redes sociais.
Marceu era apaixonado pelo Flamengo e por fazer música. No seu perfil do Instagram, não faltam fotos do time do coração e principalmente vídeos cantando e tocando violão.
Compôs algumas canções como “O que é meu”, com Tuninho Galante e “Samba do Esquecimento”, com João Pimentel e Teresa Cristina, gravada por Ernesto Pires.
Amante do samba e do Carnaval, ajudou a fundar o bloco frequentado por jornalistas, “Imprensa que eu gamo”.
Ancelmo Gois, que também trabalhou com Marceu, escreveu uma coluna em homenagem ao amigo.
“O adotei como um irmão carioca, com quem desde meados dos anos 1980 do século passado, ainda no antigo “Jornal do Brasil”, tive a sorte de desfrutar de sua imensa generosidade como amigo e também como um estupendo colega de trabalho. Com sua morte eu perco um querido amigo e o jornalismo perde um dos melhores profissionais de sua geração.”
Além dos amigos, o jornalista deixa três filhos, que se despediram do pai em um comunicado.
“É com o coração apertado, mas cheio de gratidão, que nos despedimos do nosso amado Marceuzinho. Ele lutou com coragem até o fim, mas chegou a hora do seu descanso. sso pai foi e sempre será lembrado como um homem muito amado, um pai extraordinário, jornalista e cronista brilhante, compositor de alma, sambista apaixonado e amigo leal.”