26 de setembro de 2025
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Com concessão do saneamento, Governo do Estado viabiliza revitalização da Lagoa da Tijuca

Em um ano e quatro meses de intervenções, foram retirados cerca de 750 mil m³ de sedimentos, volume equivalente a aproximadamente 300 piscinas olímpicas

A concessão do saneamento, implementada pelo Governo do Estado desde 2021, já mostra avanços na despoluição da Baía de Guanabara e do Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Com licença ambiental do Instituto Estadual do Ambiente, o maior projeto ambiental da América Latina prevê R$ 32 bilhões em investimentos ao longo de 35 anos, garantindo água tratada para 46 municípios, preservação ambiental e impulso ao turismo.


– A concessão do saneamento é o maior projeto ambiental da América Latina e já mostra resultados concretos. Estamos garantindo água tratada para milhões de fluminenses, preservando nossos ecossistemas e preparando o Rio de Janeiro para um futuro mais sustentável – declarou o governador Cláudio Castro.

Com previsão de investimentos de R$ 250 milhões, a melhoria na coloração da água da Lagoa da Tijuca já apresenta aspecto mais claro em determinados trechos devido às ações de dragagem. Em um ano e quatro meses de intervenções realizadas pela Iguá, foram retirados cerca de 750 mil m³ de sedimentos, volume equivalente a aproximadamente 300 piscinas olímpicas. A remoção desses sedimentos favorece a renovação da água entre as lagoas e o mar, refletindo diretamente na qualidade ambiental. Em alguns trechos da Lagoa já se pode comprovar os efeitos positivos das ações: o nível de oxigenação subiu de 5% para 14%.

Paralelamente às obras de dragagem, estão sendo instalados Coletores de Tempo Seco (CTSs), dispositivos que interceptam esgoto lançado de forma irregular em galerias pluviais, remoção de lixo das margens das lagoas e do espelho d’água. A transformação da biodiversidade na Lagoa da Tijuca possibilitou o retorno da fauna típica, como as garças branca e moura, biguás e colhereiros.

Mais de R$ 4,9 bilhões de investimentos

Em apenas quatro anos de concessão, já foram aplicados R$ 4,9 bilhões – R$ 3,68 bilhões em abastecimento de água e R$ 1,21 bilhão em esgotamento sanitário. Os investimentos transformaram a vida de mais de 600 mil pessoas, que passaram a ter acesso à água pela primeira vez. Além disso, foram arrecadados R$ 24 bilhões em outorgas, sendo R$ 10 bilhões destinados aos municípios e ao Fundo Metropolitano.

Os efeitos dessas ações já podem ser observados em diferentes regiões. As praias da Glória, Flamengo, Botafogo e Urca voltaram a ser próprias para banho, e a Lagoa Rodrigo de Freitas passa por processo de recuperação. O Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá também apresenta sinais claros de melhoria ambiental.

Balneabilidade das praias

Em 2023, o Estado do Rio alcançou um marco inédito no Brasil: lagoas de água salgada conquistaram a certificação Bandeira Azul, concedida a Pedras de Sapiatiba (São Pedro da Aldeia) e à Praia de Ubás (Iguaba Grande). Das nove praias fluminenses com o selo internacional, sete ficam em áreas de conservação administradas pelo Governo do Estado.

A conquista foi possível graças ao desassoreamento do Canal do Itajuru, que retirou 330 mil m³ de areia em ação conjunta da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade com o Inea. A intervenção revitalizou a Lagoa de Araruama – a maior hipersalina do mundo -e trouxe de volta espécies como o cavalo-marinho, ausente da região havia três décadas.

– O Governo do Estado tem trabalhado todos os dias para resgatar a qualidade das nossas águas. Hoje, estamos com praias voltando a ser balneáveis, resgatando áreas de lazer para a população e buscando um Rio de Janeiro cada vez mais sustentável – disse o secretário de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

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