Observatório do Feminicídio abre inscrições para curso gratuito voltado à rede de atendimento
O Observatório do Feminicídio, parceria da Secretaria de Estado da Mulher e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está com inscrições abertas para o curso gratuito “Feminicídio em Foco: Práticas de Identificação, Investigação e Prevenção”, que será realizado entre os dias 24 de setembro e 24 de outubro. A formação é destinada a profissionais da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, que inclui hospitais estaduais, UPAs, Salas Multivioletas, CEAMs, CRAS, CREAS, entre outros equipamentos.
O curso terá carga horária de 30 horas, com encontros presenciais, atividades online e complementares. Os participantes receberão certificação da UFRJ. A proposta pedagógica está estruturada a partir de experiências latino-americanas e da legislação brasileira, com foco na atuação interinstitucional e em práticas eficazes e humanizadas. As inscrições já estão abertas e os candidatos passarão por um processo seletivo para preenchimento das vagas disponíveis. O formulário pode ser acessado pelo link: Clique aqui.
– Estamos falando de uma formação institucional e, ainda que sejam instituições diferentes, estamos todos engajados em uma causa comum. É importante entender que o papel de cada um dentro desse processo é fundamental: não só a gestão, que tem a responsabilidade na execução das políticas públicas, mas também o profissional que atua no dia a dia, sendo o centro do atendimento de qualidade. É esse atendimento que garante que a mulher se sinta acolhida, segura e receba todas as informações necessárias – destacou a superintendente de Enfrentamento às Violências da SEM-RJ, Giulia Luz.
Agentes de segurança
No último dia 17, o Observatório do Feminicídio do Rio de Janeiro concluiu a primeira edição do curso, voltada para agentes de segurança. O projeto é coordenado pela Secretaria de Estado da Mulher (SEM-RJ), em parceria com a UFRJ, e prevê que próximas turmas contemplem também profissionais de saúde e da rede de proteção.
Ao todo, 60 profissionais foram capacitados na primeira edição do curso. A formação abordou aspectos históricos, jurídicos e sociais do feminicídio, com ênfase na perspectiva latino-americana e nos instrumentos legais disponíveis no Brasil. Também foram discutidos casos concretos da realidade fluminense, com uso de simulações, textos acadêmicos, legislação e roteiros de análise de situações reais, reforçando a importância da atuação integrada dos agentes públicos e da rede de proteção às mulheres em situação de violência.