11 de setembro de 2025
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Presidente do CREA-RJ: ‘Nosso estado tem uma agronomia pujante’

 

 

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ), engenheiro Miguel Fernández, participa nesta quinta-feira, dia 11, da abertura do 10º Congresso de Agronomia do estado, no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), em Campos dos Goytacazes, a cerca de 280 quilômetros do Rio de Janeiro. Fernández estará na mesa, ao lado de autoridades como o presidente da Associação de Engenheiros do Estado do Rio de Jaaneiro (AEARJ), Leonardo Lopes; o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho; o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do estado, Flávio Campos Ferreira; e o presidente da Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, Rodolfo Tavares.

 

“O CREA não é só engenharia. É agronomia também. Nosso estado tem uma agronomia pujante. O congresso vai reunir os maiores profissionais de todo o país, debatendo os temas mais atuais da agronomia”, afirmou o presidente do CREA-RJ, um dos patrocinadores do evento que vai reunir cerca de 300 profissionais, de 11 a 13 de setembro. O CREA-RJ tem registrados cerca de cinco mil engenheiros agrônomos.

 

O subsecretário de Agricultura do Estado do Rio, engenheiro agrônomo Felipe Brasil, destaca a importância do congresso para discutir o papel do engenheiro agrônomo e as mudanças climáticas.

 

“O congresso terá um papel importantíssimo na formação dos estudantes de agronomia e dos engenheiros agrônomos. O tema central será a questão das mudanças climáticas, em relação aos desafios que vamos enfrentar, mas também em relação à adequação ambiental, rural, as questões que envolvem o licenciamento agropecuário, a crise hídrica”, afirmou Felipe Brasil, lembrando que, ao final, o encontro vai tornar pública a Carta da Agronomia do Estado do Rio com as principais propostas dos agrônomos fluminenses a serem levadas para o congresso brasileiro de Agronomia que vai acontecer em outubro, em Maceió (AL).

 

Segundo o engenheiro agrônomo e presidente da AEARJ, Leonardo Lopes, o encontro será um dos maiores já feitos pela associação e tem como missão fortalecer a identidade da profissão, incentivar o intercâmbio de conhecimento e fomentar a atuação estratégica do engenheiro agrônomo em áreas como segurança alimentar, produção sustentável e políticas públicas para o meio rural.

 

“Estamos vivendo um momento decisivo para a agronomia, em que as pressões ambientais e sociais exigem respostas mais integradas e baseadas em ciência. O congresso é o espaço ideal para reunir profissionais e estudantes com o propósito de pensar o futuro da profissão e sua contribuição para o desenvolvimento do país”, afirma o presidente da AEARJ.

 

Para Lopes, embora tenha apenas três faculdades no Rio, a agronomia conta com mais vantagem do que a engenharia civil, que passa por uma das piores crises de ensino jamais vista.

 

“Há muito menos desistência dos estudantes de agronomia. Nosso papel é o de ajudar os profissionais a levarem a tecnologia para o campo”, afirma o presidente da AEARJ, formado em engenharia agrônoma há 25 anos pela Universidade Federal Rural do Rio. As outras escolas de nível superior são a Universidade Estadual do Norte Fluminense e o Instituto Federal em Pinheiral.

 

Um dos maiores desafios à produção agrícola em todo o mundo é a questão das mudanças climáticas que será tema de um dos primeiros painéis a serem realizados no congresso. Intitulado “Mudanças climáticas – Segurança hídrica para populações, rebanhos e plantações”, o painel terá como moderador o meteorologista Anselmo de Souza Pontes, que é conselheiro do CREA-RJ, representando a Sociedade Brasileira de Meteorologia.

O presidente da AEARJ, Leonardo Lopes, observa que o tema é muito importante, mas adianta que “para o engenheiro agrônomo não faz diferença se as mudanças climáticas são naturais ou causadas pelo homem”.

 

“O que importa é que as mudanças climáticas estão acontecendo em todo o mundo e precisamos de estratégias para enfrentar o problema”, diz Lopes.

 

O engenheiro agrônomo José Leonel Cortez Rocha Diniz – conselheiro do CREA-RJ há cinco anos – destaca a importância da agronomia para a economia fluminense (representa cerca de 4% do PIB do estado), lembrando que o Estado do Rio de Janeiro é o único do país cuja Constituição estadual restringe aos engenheiros agrônomos a função de receitar agrotóxicos na produção agrícola.

 

“Com esse controle do uso de agrotóxicos e a produção de valores agregados à agricultura, como cafés gourmet e doces caseiros, temos uma agricultura chique que faz toda a diferença”, assinala Rocha.

 

O engenheiro agrônomo lembra também que o Estado do Rio tem uma vocação grande para o reflorestamento e para preservação de áreas verdes (“nossa Mata Atlântica é a que mais cresce no país”), contribuindo para a geração de empregos para engenheiros agrônomos.

 

“No Estado do Rio, o engenheiro agrônomo não tem problema de desemprego”, afirma Rocha, que trabalha na Emater Rio, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio.

 

Formado em engenharia agrônoma pela Universidade Federal Rural do Rio desde 1979, Leonel Rocha defende a criação de um sistema de informações no modelo de aplicativos de transporte que permita o acesso de produtores agrícolas à oferta de trabalho de engenheiros agrônomos que ofereçam assistência técnica.

 

“Apoio a criação de cooperativas que permitam que um mesmo agrônomo preste assistência a vários produtores”, afirma Leonel, bastante empolgado com os temas a serem discutidos no 10º Congresso de Agronomia.

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