9 de setembro de 2025
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Gilmar responde a Tarcísio e diz não existir “ditadura da toga” no Brasil

Ministro do Supremo declarou que não existem ministros agindo como tiranos no país e afirmou que o Supremo tem cumprido seu papel como guardião da Constituição

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes negou neste domingo (7) a existência de uma “ditadura da toga” no Brasil. Também disse, por meio de post nas redes sociais, que não existem ministros agindo como tiranos no país.

O ministro fez a publicação em resposta ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sem citá-lo. Em ato na Avenida Paulista, Tarcísio afirmou que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo nesse país”.

“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil “ditadura da toga”, tampouco ministros agindo como tiranos” escreveu o decano no X. “O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais.”

O ministro acrescentou que o Brasil não aguenta mais “as sucessivas tentativas de golpe”, e que é preciso reafirmar que crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão e que cabe às instituições “puni-los com rigor” e garantir que jamais se repitam.

Ainda ao discursar em manifestação junto a outros políticos da direita, Tarcísio falou sobre o processo criminal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), julgado pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por uma suposta tentativa de golpe de Estado no país.

O governador afirmou que o julgamento está “viciado” e que não é possível aceitar uma condenação sem provas, questionando também o acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Na mesma manifestação divulgada nas redes sociais, Gilmar Mendes mencionou como “perigos do autoritarismo” mortes em uma pandemia, acampamentos em quartéis do Exército com pedidos de intervenção militar e um plano para assassinar autoridades.

As situações estão presentes na ação penal 2668, referente ao julgamento do ex-presidente.

“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, acrescentou o ministro.

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