28 de agosto de 2025
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Projeto Do Mangue ao Mar promove Feira de Trocas de Mudas, Sementes e Saberes em Magé

 

Evento terá roda de conversa, oficinas e lançamento da horta comunitária do Quilombo do Feital

 

Os amantes da agroecologia já têm um encontro marcado no próximo dia primeiro de setembro, em Magé. O Projeto Do Mangue ao Mar, iniciativa da ONG Guardiões do Mar, em convênio com a Transpetro, promove, das 9h às 17h, a Feira de Trocas de Mudas, Sementes e Saberes, no Quilombo do Feital. O evento, voltado a todos os interessados em práticas socioambientais, terá como ponto alto o mutirão de inauguração da horta comunitária do Quilombo.

A programação inclui uma roda de conversa sobre agroecologia e atividades práticas de inauguração da horta. Com a proposta de promover aprendizado e engajamento coletivo, serão oferecidas ainda oficinas de plantio, compostagem e artesanato com bambu, esta ministrada pela matriarca do Quilombo, dona Almirena.

 

Os jovens agentes ambientais, formados pelo Projeto Do Mangue ao Mar, apresentarão os produtos desenvolvidos ao longo do processo educativo, incluindo composteiras, a horta comunitária, caderno temático e Emocionário, destacando a capacidade da juventude de transformar conhecimento em ações concretas para o cuidado com o território.

 

Para Val Quilombola, liderança do Quilombo do Feital, a feira e a horta comunitária fortalecem os laços da comunidade e ampliam o protagonismo dos jovens. “Este encontro é muito especial porque, além de reforçar a importância da participação da nossa comunidade em iniciativas que unem tradição, sustentabilidade e futuro, ele também resgata nossa ancestralidade. A horta comunitária vem como um elo que recupera laços e saberes que, com o tempo e a modernidade, acabaram se perdendo. É uma alegria ver os jovens colocando em prática o que aprenderam e, ao mesmo tempo, honrando a memória dos mais velhos e fortalecendo o quilombo para as próximas gerações.”

O educador ambiental Breno Mil-homens destaca que a horta comunitária do Quilombo do Feital será mais do que um local de cultivo. “Esse é o símbolo de um processo educativo de dois anos, que valorizou a cultura das comunidades tradicionais às quais os jovens pertencem. Trabalhamos da teoria à prática: da reciclagem de resíduos orgânicos por meio da compostagem até a produção e consumo de alimentos seguros e saudáveis. É uma conquista proporcionar a esses jovens a oportunidade de serem protagonistas e exercerem funções que fortalecem o Turismo de Base Comunitária e outras atividades em suas localidades”.

Para a gerente-geral de Responsabilidade Social da Transpetro, Nadynni Soeiro, a parceria com o projeto reafirma o compromisso da companhia com a promoção da educação ambiental e o fortalecimento das comunidades tradicionais. “Ao apoiar iniciativas como a Feira de Trocas de Mudas, Sementes e Saberes, contribuímos para a formação de jovens agentes ambientais e incentivamos práticas sustentáveis, como a produção de alimentos saudáveis. A inauguração da horta comunitária representa mais do que um espaço de cultivo, simboliza nosso engajamento com o desenvolvimento sustentável, o protagonismo juvenil e a construção de um futuro mais justo e equilibrado”, afirma.

A troca de mudas será focada em hortaliças. As que forem doadas ou trocadas com o Quilombo serão plantadas no novo espaço de cultivo durante o mutirão.

 

Para participar do evento, os interessados deverão se inscrever por meio do link: https://www.instagram.com/mangueaomar/

Boas práticas poderão ser replicadas

Durante o evento, será lançado um caderno temático para educadores e educadoras. A publicação faz parte do Programa de Educação Ambiental para o Combate ao Lixo do Mangue ao Mar (PEA-CoaLiMMar), desenvolvido pela equipe de Educação Ambiental do Projeto Do Mangue ao Mar. O material reúne experiências e práticas educativas desenvolvidas junto aos jovens das Baías de Guanabara e Sepetiba, destacando ações como ecoclubes, seminários de juventudes, projetos audiovisuais, compostagem e hortas comunitárias. A proposta é inspirar esses profissionais a replicarem metodologias de educação ambiental que valorizem a cultura local, a biodiversidade e o protagonismo juvenil.

O PEA-CoaLiMMar é uma oportunidade de mobilização social de diversos setores e grupos da sociedade, possibilitando o debate acerca das realidades locais para amparar a elaboração ou implementação de suas ações. Dessa forma, conseguem amplificar as suas vozes e contribuir para o desenvolvimento socioambiental.

 

Investimos continuamente em educação ambiental por meio de iniciativas que integram sustentabilidade e proteção integral às pessoas e ao meio ambiente”, afirma Nadynni Soeiro. “O Programa de Educação Ambiental para o Combate ao Lixo do Mangue ao Mar é um exemplo desse compromisso, ao reunir práticas inovadoras e colaborativas que fortalecem comunidades e valorizam saberes locais. Atuamos de forma integrada com os territórios, criando caminhos para um futuro mais seguro, justo e sustentável”, aponta.

 

A proposta desse plano, que tem como alicerce a valorização do meio ambiente local e das comunidades que vivem nele, é atuar em total sinergia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), desenvolvendo cadernos temáticos com ações práticas em cocriação com os diversos públicos. A comunidade escolar, gestores do governo ou da sociedade civil, povos tradicionais, profissionais liberais e diversos outros segmentos sociais poderão implementar o programa”, explica a coordenadora de Educação Ambiental do Projeto Do Mangue ao Mar, Andie Märal.

 


Feira de Trocas de Mudas, Sementes e Saberes do Projeto Do Mangue ao Mar + Inauguração da horta comunitária do Quilombo do Feital

Data: 1 de setembro de 2025
Horário: 9h às 17h
Local: Quilombo do Feital
Entrada: Valor simbólico, que inclui refeições (almoço e sobremesa)
Inscrições: https://www.instagram.com/mangueaomar/
Vagas limitadas
Classificação: livre

 

 

Sobre o Projeto Do Mangue ao Mar

 

O Projeto Do Mangue ao Mar — realizado pela ONG Guardiões do Mar, em convênio com a Transpetro — une ambientalistas, lideranças e juventude de comunidades tradicionais (pescadores artesanais, caiçaras, catadores de caranguejo, agricultores familiares e quilombolas) para fomentar o protagonismo dos povos do mar. Juntos, eles buscam soluções para os problemas socioambientais diagnosticados, incentivam o turismo de base comunitária com a valorização da cultura local, além de realizarem formações continuadas, atividades de educação ambiental crítica, pesquisas e eventos no entorno das baías de Guanabara e Sepetiba.

 

Atuando com conservação de manguezais e democratização de conhecimento sobre os ambientes costeiros marinhos, o projeto oferece pagamento de serviço ambiental para catadores de caranguejo e pescadores artesanais, via transferência de renda para trabalho de limpeza nos manguezais. Eles são importantes aliados no combate a emergências climáticas, além de oferecerem serviços ecossistêmicos que fomentam a socioeconomia e sociobiodiversidade local.

 

O Projeto é parceiro oficial no Brasil para a Década das Nações Unidas para Restauração de Ecossistemas (2021-2030), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e um dos signatários do Plastic no Thanks, movimento que trabalha para mitigar as consequências da produção, do consumo e do descarte de plásticos.

Sobre a Transpetro

Operando 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras. A empresa é a maior companhia de logística multimodal de petróleo, derivados e biocombustíveis da América Latina.

A Transpetro presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás. A carteira da subsidiária da Petrobras conta com mais de 170 clientes.

Em 2024, a Transpetro investiu cerca de R$ 6 milhões em ações de responsabilidade social em todo o país, impactando positivamente a vida de aproximadamente 70 mil pessoas. Até 2027, a companhia pretende investir mais de R$ 30 milhões nessas ações para melhorar a vida de mais de 260 mil brasileiras e brasileiros.

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