Polícia investiga caso de mãe que daria luz à gêmeos, mas apenas um bebê nasceu
A Polícia Civil investiga o caso de uma mulher, que afirma ter ido ao Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, na Zona Oeste, para dar à luz a gêmeas, mas recebeu apenas um bebê no parto. Exames feitos no pré-natal indicaram uma gestação gemelar, ou seja, quando a mulher está grávida de duas crianças ao mesmo tempo. No entanto, o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz garantiu que havia apenas um bebê e uma placenta, e o que ocorreu foi um erro na primeira ultrassom.
Kathelen Tavares já é mãe de gêmeas e, durante a nova gestação, descobriu que teria duas meninas. Exames em unidades municipais de saúde identificaram dois batimentos cardíacos diferentes. Nos laudos, o resultado diferenciava os bebês.
Contudo, na última sexta-feira (28), a jovem foi ao Hospital Mariska Ribeiro para realizar o parto e apenas uma criança lhe foi entregue, sem informações sobre a segunda. Os registros de internação também têm a informação de uma gravidez de gêmeos, conforme atesta declaração de nascido-vivo entregue à mãe pelo hospital.
Ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo, nesta terça-feira (1º), Daniel Soranz explicou que Kathelen passou por uma cesariana com uma equipe médica completa, incluindo enfermeiros, e só tinha um bebê, com uma única placenta. Segundo ele, houve uma confusão na detecção dos batimentos cardíacos nos exames.
“O que aconteceu foi uma confusão na primeira ultrassom, com o saco gestacional e com o cardiotoco, que é um exame que escuta o bebê, então escutou o batimento em dois pontos diferentes do abdômen. É um único feto, é uma única placenta, a placenta também foi para a perícia, para análise, pra gente poder ter mais um documento que comprove. Também teve fotografia no momento do parto para garantir que era só um bebê. Infelizmente foi um erro da primeira ultrassonografia. É importante tranquilizar a família. Não teve nenhum problema durante o parto”, garantiu.
O caso é investigado pela 34ª DP (Bangu). Segundo a Polícia Civil, os agentes solicitaram documentos do hospital e imagens de câmeras de segurança, que serão analisadas. O diretor da unidade foi intimado para prestar depoimento e a vítima será ouvida novamente.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que foi verificado, durante a cesariana, que não se tratava de uma gestação gemelar, tendo somente um único recém nascido, sem sinal ou vestígio de outro feto.
“A paciente apresentava apenas uma placenta e um cordão umbilical no parto realizado na unidade, tendo sido assistida pela equipe médica e obstétrica em todo o momento de internação. Não houve complicação cirúrgica. Após o nascimento do bebê de Kathelen, a equipe obstétrica realizou uma investigação e foi constatado que não havia sinal ou vestígio de outros fetos presentes, se tratando de apenas um recém-nascido”, diz a nota.
Ainda segundo a SMS, a jovem recebeu orientações e explicações, em todas as consultas de pré-natal feitas no hospital, de que dois batimentos cardiofetais podem corresponder aos sons do mesmo feto em pontos diferentes do abdômen na gravidez.
“A direção do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro ressalta que a paciente Kathelen foi devidamente acolhida e permanece à disposição para demais esclarecimentos”, finaliza o texto.