Casal preso por morte de motociclista também vai responder por tráfico de drogas; imagens mostram colisão

Imagens de câmeras de segurança usadas pela Polícia Civil nas investigações da morte de um motociclista em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, mostram o momento em que o carro que levava o casal que foi preso pelo crime se choca com a moto onde estava a vítima, poucos metros antes dela ser morta. Além do assassinato, os dois também vão responder por tráfico de drogas.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam, nesta terça-feira (10), o policial militar Alan Nascimento, o Tabaco, e a mulher dele, Simone Conceição Nascimento. O casal foi encontrado em casa, no bairro da Posse. Eles negam participação no crime.

“A gente teve acesso a algumas imagens de câmeras de segurança que captaram tanto o momento da colisão no trânsito quanto a perseguição e execução. Com base na descrição do carro, nas características e também algumas informações de inteligência, a gente conseguiu chegar a qualificação do Alan”, disse o delegado André Cavalcante.

Na época em que ocorreu, em fevereiro do ano passado, o crime chegou a ser investigado como latrocínio. Porém, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), as imagens mostraram que Claudio Roberto Santos Silva foi morto por causa de uma colisão na Rua João Venâncio de Figueiredo.

A distância entre o ponto onde aconteceu o choque e o lugar onde Claudio tomou os tiros é de cerca de 100 metros. As investigações indicam que o motociclista colidiu com o carro onde estava o casal e foi embora. O veículo com o PM e a mulher o perseguiu. Depois, houve uma discussão. A polícia afirma que Alan disparou 4 tiros pelas costas.

Casal cometeu crime por causa de colisão no trânsito, segundo as investigações — Foto: Reprodução/ TV Globo

De acordo com a polícia, a mulher do policial também estaria envolvida no crime.

“A gente acredita que ela estava presente no momento do homicídio e também tenha participado da fraude processual, alterando as características do carro utilizado no momento do crime”, afirmou o delegado.

Além do homicídio, o casal vai responder também por tráfico de drogas.

Na casa onde Alan e Simone vivem, os agentes encontraram cerca de 150 pinos de cocaína, um fuzil sem registro e munição de diferentes calibres.

Os agentes também apreenderam celulares e outros equipamentos eletrônicos, que passarão por uma perícia.

O Ministério Público afirmou que já pediu à Justiça o afastamento do policial da corporação e a suspensão de posse e porte de arma de fogo. Caso seja condenado, a pena prevista pode chegar a 30 anos de prisão.

“Além do homicídio qualificado, que tem pena de 12 a 30 anos de reclusão, ele também será responsabilizado pelo crime de tráfico de drogas e porte de arma de fogo de uso restrito”, afirmou Pedro Simao, promotor do Gaeco.

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