O primeiro amanhecer de 2023 no Rio: Copacabana tem areia cheia e sol

Não faz muito tempo que nos despedimos de 2022. A vontade de celebrar a chegada de 2023 era tanta que às 6h do primeiro dia do ano, as areias de Copacabana, na Zona Sul do Rio, continuavam cheias. O número de pessoas vistas pode até parecer tímido perto dos mais de 2 milhões que ocuparam a orla da princesinha do mar. Shows e um espetáculo de 12 minutos de queima de fogos deixaram no passado a saudade de comemorar a chegada de um novo ano com pé na areia. A volta, enfim, ao normal após dois anos de pandemia da Covid-19.

Quem ficou de fora da festa foi a chuva, que prometia cobrir a cidade ao longo de todo o último dia do ano. Pelo visto, perdeu a hora para chegar na cidade. Já o sol garante presença no dia 1º desde as primeiras horas da manhã. A produtora do evento, que assumiu o comando numa revira-volta de última hora na organização da festa, disse ter contratado a Fundação Cacique Cobra Coral para garantir o tempo firme e a curtição da festa sem capa ou guarda-chuva para mudar o look.

Mas a tendência é de que o cenário mude, segundo o Alerta Rio, neste domingo. A previsão é de céu parcialmente nublado a nublado e de pancadas isoladas de chuva no período da tarde, acompanhadas de raios. Os ventos estarão fracos a moderados e as temperaturas permanecerão estáveis e elevadas, com máxima de 34°C, um pouco mais a cara da estação.

Antes que o tempo mude, quem quiser garantir um lugar ao sol ainda pela manhã deve ter atenção aos bloqueios de trânsito que seguem na orla. O bairro está com reabertura gradual das vias após o esquema especial para a festa, que fechou todos os acessos ao bairro. Até as 10h deste domingo, as duas pistas da Avenida Atlântica seguem interditadas para motoristas. Após esse horário, a pista próxima às edificações será liberada, operando com esquema igual ao de domingos e feriados.

Durante a noite, a atmosfera positiva enlaçou tanto quem já bateu ponto no réveillon mais famoso do mundo incontáveis vezes quanto quem estreou na festa ontem. Morador de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Vinícius Feitosa, de 20 anos, escolheu Copacabana para, dividindo uma pequena barraca, iniciar 2023 ao lado dos melhores amigos.

— Eu estou amando, de verdade. Sabemos que 2022 não foi um ano tão bom, mas estou muito animado para o que vem por aí, cheio de coisas boas e novas — previu o jovem.

Esperança foi a palavra mais falada quando se pensava na chegada de 2023. E foi uma das escolhidas pela arquiteta mineira Beatriz Lodi, que curtia o último dia de 2022 na Praia de Copacabana, para definir seus sentimentos antes de um novo ciclo.

— Uma palavra é gratidão por 2022. Outra é esperança de dias melhores em 2023. Passamos por um período difícil, de pandemia e de questões políticas em que as pessoas estiveram muito inflamadas, de ambos os lados. Que isso se amenize e haja mais amor — diz ela, que chegou com a família ao Rio no último dia 27 e aproveitava o dia de calor no Posto 6.

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