Mulher é presa após atirar contra policiais em operação de combate ao neonazismo
Uma mulher investigada por envolvimento com grupo neonazista foi presa em flagrante após atirar contra policiais civis, na manhã desta terça-feira. A detenção da suspeita ocorreu na cidade gaúcha de Nova Petrópolis durante uma operação de combate ao neonazismo realizada em 11 municípios dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os tiros foram efetuados no momento da chegada dos policiais ao interior da casa, que era alvo de mandado de busca e apreensão. A mulher foi presa por resistência e disparo de arma de fogo. No local, os agentes apreenderam duas armas de fogo, munições e muita parafernália nazista.
Ao todo, a operação coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu 15 mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira. Os alvos da ação ficavam nas cidades de Florianópolis, Blumenau, Joinville, Curitibanos, em Santa Catarina; Praia Grande, em São Paulo; Curitiba, Maringá e Marialva, no Paraná; e Nova Petrópolis e Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
Um outro investigado foi preso em flagrante, na cidade paranaense de Maringá, por posse irregular de arma de fogo. Os policiais recolheram, na residência, uma espingarda calibre 12 GA, munições, material nazista e dispositivos eletrônicos.
Em Passo Fundo, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma estamparia. No estabelecimento eram produzidas camisetas com símbolos nazistas e supremacistas brancos. Os produtos foram recolhidos.
Operação ‘Gun Project’
Os mandados judiciais cumpridos nesta terça-feira foram expedidos com o avanço de uma investigação iniciada no ano passado, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação ‘Gun Project’. Na ocasião, em 20 de outubro de 2022, os agentes prenderam seis suspeitos de integrarem uma célula neonazista em Santa Catarina. As prisões aconteceram em Florianópolis, São José, Joinville, Maravilha e São Miguel do Oeste.
Os membros desta célula neonazista costumavam se reunir em um sítio e usavam coletes e réplicas de uniformes nazistas para realizar o treinamento com armas e discutir ideias antissemitas.
O grupo já havia sido alvo de uma operação anterior, em abril do ano passado, quando uma impressora 3D usada para fabricação caseira de armas de fogo foi apreendida.