Henry Borel: peritos voltam ao apartamento onde menino morreu
A Polícia Civil do RJ fez, nesta segunda-feira (29), uma nova perícia no apartamento onde o menino Henry Borel morreu, no último dia 8.
Peritos passaram cerca de quatro horas no condomínio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e saíram no início da noite.
O imóvel está interditado por ordem da Justiça, que atendeu a um pedido de investigadores para preservar o local.
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Peritos saem do condomínio na Barra da Tijuca onde o menino Henry morreu — Foto: Reprodução/TV Globo
A polícia também está analisando gravações de câmeras de segurança que mostram os últimos momentos do menino no prédio, ao lado da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador carioca Dr. Jairinho.
Em um dos vídeos, é possível ver Henry no elevador com a mãe e o padrasto, voltando e uma padaria. Nas imagens, Jairinho passa a mão no cabelo da criança e faz carinhos nas costas do menino, que continua com a cabeça baixa no colo da mãe.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
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Henry Borel com a mãe e Jairinho no elevador — Foto: Rperodução
Os investigadores vão ouvir funcionários do hospital para onde Henry foi levado esta semana. A polícia não conseguiu as imagens de câmeras de segurança do momento em que Jairinho e Monique chegaram com o menino à unidade.
O Barra D’Or informou à polícia que o sistema de monitoramento de câmeras estava em manutenção.
Caso Henry: Veja os últimos momentos do menino exibidos pelo Fantástico
Em uma investigação paralela, novos trechos do depoimento de uma ex-namorada de Jairinho levantam suspeitas sobre agressões cometidas pelo político.
Em um deles, ela contou que Jairinho, que é médico, mas nunca exerceu a profissão, dava remédio para ela dormir.
A mulher começou a ser ouvida em um inquérito que trata de supostas agressões cometidas por Jairinho.
Ela contou que durante uma viagem a Mangaratiba, no Rio, a ex-namorada desconfiou que Jairinho estava lhe dando medicação para que, quando ela estivesse dormindo, ele pudesse falar com a ex-mulher.
Ela não usou o remédio, fingiu dormir e flagrou o vereador segurando a filha dela pelos braços. Apesar de não ver nada agressivo, a mulher afirmou à polícia que a filha estava assustada.
Em outro episódio, a ex-namorada contou para a polícia que Jairinho chegou a rasgar a roupa dela na rua ao vê-la chegando em casa depois de uma balada.
Disse também que quando ele estava só com a filha dela, dizia para menina: “Você atrapalha a vida da sua mãe!”, “A vida da sua mãe ia ser mais fácil sem você!”.
Revelou ainda que o vereador dava mocas, cascudos na cabeça, e torcia as pernas e os braços da criança. Em certa ocasião, numa piscina, ele afundou a cabeça da menina.
A mulher disse que parou de insistir que a filha acompanhasse Jairinho quando viu a resistência dela ao vereador, já que menina chorava muito e chegava a vomitar de tanto nervoso.
O que diz a defesa
O advogado de Jairinho negou que ele tenha agredido a ex-namorada e filha dela.
“Esses episódios são de mais de uma década e sem qualquer testemunha. O que a gente quer mostrar é que em todas relações, Jairinho jamais teve comportamento violento”, disse o advogado André França Barreto.