Fluminense faz partida sólida, mas acaba “pilhado” com arbitragem polêmica na Vila
Mais do que ver a vaga direta na fase de grupos da Libertadores ficar mais longe com o 1 a 1 com o Santos na Vila Belmiro na penúltima rodada do Brasileirão, a forma como o Fluminense sofreu o gol de empate foi o que deixou os tricolores ainda mais inconformados.
A vitória da equipe comandada por Marcão parecia questão de tempo. Mas, nos minutos finais, o árbitro Sávio Pereira de Sampaio marcou uma falta inexistente de Nino, que o ofendeu e foi expulso. No lance da cobrança, a zaga tricolor bobeou e o Peixe empatou.
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Todo o lance que gerou o gol do Santos, aliás, resumiu a controversa arbitragem da partida. Ofensas, claro, não se justificam, mas a surpreendente explosão do calmo Nino mostrou como o time do Fluminense estava “pilhado” com as decisões de Sávio Pereira de Sampaio. Os critérios nas marcações de falta e nas aplicações de cartões foram irritando os jogadores ao longo da partida e o episódio acabou influenciando diretamente no placar.
– A arbitragem, infelizmente, não esteve nos seus melhores dias. Toda hora contra a gente era falta, contra eles não era. Tinha cartão para a gente, para eles, não… Foi irritando, irritando, irritando… – disse Nenê na saída do campo.

Deixando a arbitragem de lado para analisar a parte tática, o Fluminense fazia mais uma sólida partida, principalmente defensivamente, fora de casa e contra um adversário qualificado. O time abriu o placar logo aos 15 minutos com Lucca em belo passe de Luiz Henrique e foi melhor em um amarrado primeiro tempo. Se não ameaçou tanto, por outro lado não deixou o rival levar perigo.

Na segunda etapa, com a vantagem no placar, o Tricolor tirou o pé e tentou cozinhar o jogo. Foi fazendo o tempo passar. E ia conseguindo. Mas a falta de ímpeto em buscar o segundo gol era um risco alto. Em busca do empate, o Santos passou a chutar mais, mas tinha dificuldades de criar chances.
Até o fatídico gol aos 41 minutos do segundo tempo. A saída de Martinelli, machucado, para a entrada de Hudson, e a perda de Nino, expulso, deixaram o sistema defensivo desarrumado justamente no lance da cobrança da falta. Hudson não acompanhou Jean Mota, que entrou livre para completar para a rede.

Além do apagão da defesa tricolor na cobrança da falta, os jogadores do Fluminense acabaram perdendo um pouco da concentração com as marcações controversas da arbitragem. É complicado cobrar serenidade em situações deste nível de pressão, mas caso o time tivesse conseguido manter os nervos no lugar, talvez pudesse ter saído da Vila com melhor sorte. De qualquer forma, seria injusto e cruel colocar em Nino o peso do empate.
Em quinto lugar com 61 pontos, o Fluminense vê o G-4 cada vez mais difícil de ser alcançado. Precisará torcer para um improvável tropeço do São Paulo contra o Botafogo nesta segunda-feira e depois para mais um, ou do time paulista ou do Atlético-MG na rodada final, além de vencer o Fortaleza.
Se a vaga direta para a fase de grupos da Libertadores não vier será um pecado para um Fluminense que soube se reinventar durante a temporada, superou as expectativas e ficou ainda mais competitivo na reta final, chegando ao fim do Brasileiro no pelotão de cima.