Deputados americanos pedem extradição de Bolsonaro

Após os atos golpistas deste domingo, 8, em que bolsonaristas radicais invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília — ato que lembra a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, após a eleição de Joe Biden —, deputados norte-americanos afirmam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem que ser extraditado. Bolsonaro deixou o Brisil no dia 30 de dezembro, antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os parlamentares está Joaquin Castro (D-Texas), que classificou o ex-presidente brasileiro como perigoso. Ele ainda afirmou que Bolsonaro fez uso do manual do ex-presidente Donald Trump,e que eles têm buscado espalhar um movimento fascista.

“Bolsonaro não deve receber refúgio na Flórida, onde está se escondendo da responsabilidade de seus crimes. Me posiciono ao lado de Lula e ao governo democraticamente eleito do Brasil. Terroristas domésticos e fascistas não podem usar o roteiro de Trump para enfraquecer a democracia”.

A deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez também disse que a Flórida deveria deixar de dar abrigo a Bolsonaro. “Quase 2 anos depois do dia em que o Capitólio dos Estados Unidos ser atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas fora do país tentado fazer o mesmo no Brasil”, publicou nas redes sociais.

Bolsonaro chegou a Orlando, nos Estados Unidos, no dia 30 de dezembro, após deixar o Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira. Lá, ele está hospedado em uma casa de veraneio do ex-lutador de MMA José Aldo, um de seus mais fiéis apoiadores.

A casa conta com oito quartos e cinco banheiros , além de cozinha ampla, quartos com decoração temática do Mickey Mouse, salão de jogos e uma sala privativa de cinema. Os valores da diária começam em US$ 519 , cerca de R$ 2.743.

BidenO presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou “o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil”. O líder norte-americano reforçou apoio às instituições democráticas e ao governo Lula.

“As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada. Estou ansioso para continuar trabalhando com Lula”, publicou Biden.

Mais cedo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, também rechaçou os acontecimentos em Brasília. Disse ainda que se junta ao presidente Lula para pedir o fim imediato das ações violentas contra as instituições democráticas brasileiras, que classificou como inaceitáveis.

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