Coreia do Sul vai revisar resposta à crise climática após enchentes matarem 40
Chuvas torrenciais atingiram a Coreia do Sul neste fim de semana, causando inundações e deslizamentos de terra que deixaram pelo menos 40 pessoas mortas, de acordo com atualização divulgada nesta segunda-feira (17).
A cifra inclui as 12 mortes que ocorreram em um túnel em Cheongju, onde 16 veículos ficaram presos no sábado (15) após o dique de um rio colapsar. Para chegar até o local, a 110 km da capital, Seul, quase 900 bombeiros, policiais e militares usaram barcos e drones para atravessar uma lama espessa e escoar a água na passagem subterrânea. Ainda há nove desaparecidos e 34 feridos em todo o país, de acordo com o Ministério do Interior.
As chuvas têm assolado as regiões central e sul na nação asiática desde a quinta-feira —em geral iniciadas em junho, esta é a época em que elas atingem seu pico. O órgão meteorológico sul-coreano informou que há mais chuvas previstas até quarta-feira e pediu que a população não saia de casa.
De acordo com a agência de notícias Yonhap, a polícia anunciou a abertura de uma investigação sobre a inundação do túnel de Cheongju.
O presidente, que acaba de voltar de uma viagem ao exterior, admitiu que a situação piorou devido à má gestão de áreas vulneráveis. “Enfatizamos repetidamente o controle de acesso a áreas perigosas e a evacuação preventiva desde o ano passado, mas se os princípios básicos de resposta a desastres não são mantidos no local, é difícil garantir a segurança pública”, afirmou Yoon.
Ele acrescentou que vai “revisar completamente” a resposta do país a eventos do tipo, que segundo ele se tornarão cada vez mais comum. O político pediu ainda uma “determinação extraordinária” para melhorar a preparação e a resposta nacional diante da crise, e declarou que “mobilizará todos os recursos disponíveis” para ajudar nos esforços de resgate.
“O governo vai restaurar tudo, não se preocupe”, disse Yoon a moradores de Gyeongsang do Norte após voar de helicóptero sobre as áreas atingidas na província. O dirigente designou as cidades afetadas como zonas especiais de desastre.
No ano passado, o governo já havia prometido novas medidas para lidar melhor com esse tipo de incidente após as chuvas mais fortes em 115 anos na região da capital deixarem mais de dez mortos.
Na vizinha Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, a situação permanece incerta. Nas últimas semanas, porém, a mídia estatal reportou fortes precipitações e citou medidas para proteger as plantações do território em um momento em que o regime enfrenta uma grave escassez de alimentos.