20 de junho de 2025

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Após 130 horas de terremoto que atingiu Turquia e Síria, chance de haver sobrevivente é mínima; relembre resgates

Mais de 130 após o forte terremoto que atingiu Turquia e Síria na última segunda-feira, as chances de encontrar sobreviventes sob os escombros ficam menores. Até o momento, mais de 24 mil vítimas da tragédia foram retiradas dos escombros, mas ainda há casos de sobreviventes sendo salvos após ficarem soterrados por horas.

Passados quase quatro dias do abalo, na última quinta-feira, uma menina de apenas 10 anos foi encontrada com vida após ter sido soterrada. Segundo o Corpo de Bombeiros Metropolitano de Antalya, região em que ela foi encontrada, a primeira coisa que ela pediu após o resgate foi leite, uma vez que estava todo o período presa sem se alimentar.

Identificada como Hilal Sağlam, a menina ficou presa sob os escombros de um prédio localizado na província de Hatay. Após ser socorrida e retirada do local desabado por bombeiros, ela, com o rosto coberto, chegou a acenar com uma das mãos para as pessoas que acompanharam seu resgate.

Poucas horas depois, equipes de resgate turcas retiraram um adolescente com vida dos escombros de um prédio no sul da província de Gaziantep. O jovem identificado como Adnan Muhammet Korkut, de 17 anos, contou que teve de beber sua própria urina para sobreviver.

O adolescente contou que se alimentou das flores que sua mãe cultivava. Ele também relatou que ainda conseguia ouvir os latidos de seu cão e ouviu uma promessa:

— Também vamos procurar o cachorro — disse um membro da equipe de resgate.

Após mais de 100 horas do terremoto, uma mulher foi resgatada sob os escombros de uma casa que desabou na cidade turca de Kirikhan. A mulher, de 40 anos, foi atendida imediatamente pela equipe médica e está estável. Os socorristas explicaram que conseguiram lhe fornecer água e um suco de frutas através de um tubo. Durante o resgate, a mulher teve de ficar deitada de bruços, perto de familiares já mortos.

— O resgate foi muito complicado. Um trabalho milimétrico com martelos para quebrar as pedras — disse o porta-voz da organização, Stefan Heine, à AFP.

Esse resgate é um marco para os socorristas. Segundo a ONG que atende as vítimas de catástrofes naturais, nunca antes se manteve contato tão longo com uma pessoa soterrada.

‘Milagre’

Uma mãe e seu bebê recém-nascido também foram resgatados na sexta-feira dos escombros na Turquia, quatro dias depois do sismo atingir a região. Com dez dias de vida, o menino Yagiz foi resgatado das ruínas na província de Hatay, no sul da Turquia, uma das regiões mais afetadas pela tragédia. Imagens mostram o bebê sendo cuidadosamente retirado na noite de quinta-feira.

A imprensa local descreveu o resgate como um milagre, já que as esperanças de encontrar sobreviventes diminuem com o passar dos dias, sobretudo em meio ao frio congelante de inverno no país. Apesar disso, equipes de emergência seguem trabalhando na Turquia e na Síria.

Com o avançar das horas, porém, a esperança de encontrar sobreviventes é cada vez menor nas zonas afetadas pelo terremoto, um dos mais potentes em décadas na região, e que deixou milhares de mortos.

Em todas as regiões afetadas, as equipes de emergência prosseguiram com as buscas por milhares de pessoas que as autoridades suspeitam que estão presas nos escombros. O otimismo diminui com as temperaturas gélidas e a superação do prazo de 72 horas, considerado crucial para resgatar sobreviventes.

Os países contabilizam perdas econômicas gigantescas: de acordo com a agência de classificação Fitch provavelmente devem “superar US$ 2 bilhões e podem alcançar US$ 4 bilhões”.

O Banco Mundial anunciou nesta quinta que destinará US$ 1,78 bilhão à Turquia para ajudar nos esforços de assistência e recuperação. Os Estados Unidos, por sua vez, anunciaram um pacote inicial de US$ 85 milhões para ajuda de emergência.

Cerca de 23 milhões de pessoas estão “potencialmente em risco, incluindo 5 milhões de pessoas vulneráveis”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que teme uma grave crise sanitária, com doenças como cólera, que causariam ainda mais danos do que o terremoto.

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