Análise: com meio-campo impecável, Flamengo passa por cima do Sport e ganha motivos para acreditar
Posse de bola agressiva, recuperação rápida no campo de ataque, movimentação do setor ofensivo e imposição sobre o rival. O Flamengo parece se aproximar de sua melhor versão na reta final do Brasileirão. Ou ao menos foi essa a história que contou ao seu torcedor na noite de segunda-feira na Ilha do Retiro.
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Em entrevista coletiva, o próprio Rogério Ceni apelou para o clichê de que “cada jogo é uma história”. Alerta justo para um Flamengo que teima em não embalar e já frustrou mais do que empolgou o torcedor nos últimos meses. O recorte do que se viu no Recife e em Porto Alegre, por sua vez, fez renascer a esperança de título.
Flamengo no primeiro tempo
- Posse de bola: 61%
- Finalizações: 13
- Finalizações na área: 10
- Desarmes: 10
- Duelos ganhos: 26
- Passes trocados: 273
Tal qual o segundo tempo contra o Grêmio, o Flamengo do primeiro tempo diante do Sport teve lampejos de um passado recente vitorioso. O 2 a 0 foi pouco para um time que finalizou 13 vezes e fez dez desarmes (a maioria no campo de ataque) nos 45 minutos iniciais.
Os gols de Gabigol e Bruno Henrique antes dos 20 deram uma tranquilidade rara para esse Flamengo no Brasileirão. Os mesmos dois, no entanto, perderam um caminhão de chances claras e deixaram a sensação de que a pontaria precisa ser afiada para que não faça falta em outros momentos.
A quantidade de oportunidades passa muito por uma atuação impecável do quarteto de meio de campo. Diego parece ter encontrado prazer em ser importante mesmo sem a bola nos pés e deu liberdade para Gerson jogar.
Dinâmico e vertical, o Coringa foi o destaque, mas seguido de perto por Ribeiro e Arrascaeta que lembraram os melhores momentos. Com a aproximação dos companheiros, os dois usaram a técnica apurada para toques rápidos que tontearam os pernambucanos.
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A sensação de que a vitória já estava garantida desde os 18 minutos de jogo impôs outro desafio ao Flamengo: manter o ritmo no segundo tempo. Não foi possível.
Com a troca de Gerson por Pepê, o domínio do meio deu lugar a um time que aceitava os avanços do Sport para espetar em velocidade. Estratégia que até rendeu bons lances, mas deixou o jogo mais equilibrado.
O clássico com o Vasco pela frente fez com que Rogério trocasse peças para manter o fôlego do time. O time teve mais perna e menos técnica. O Sport avançou e não foi além. Hugo pouco foi exigido.
No fim, um capítulo da história que mais se repete em vermelho e preto no Brasileirão: Pedro entra e não precisa de muitos minutos para fazer um gol. Aproveitamento impressionante para o atacante que soma 13, entra na briga pela artilharia e merece mais oportunidades.
Placar definido: Flamengo 3 x 0 Sport. O Inter segue ali, a quatro pontos e com um confronto direto pela frente. Resta esperar qual história Rogério e seus comandados vão escrever nas cinco últimas rodadas.